Hipertensão
Anualmente, cerca de 7,6 milhões de mortes no mundo são atribuídas à hipertensão não controlada, o que presenta 14% do total de pessoas mortas.
Segundo estudo conjunto da Escola de Economia de Londres, do Instituto Karolinska na Suécia e da Universidade do Estado de Nova York, até 2025, o número de hipertensos nos países em desenvolvimento, como o Brasil, deverá crescer 80%.
No Brasil, 30% da população adulta é hipertensa – o correspondente a 17 milhões de pessoas. Problemas cardiovasculares são a primeira causa de morte por doença no nosso país, levando a aproximadamente 315 mil óbitos por ano. Mais da metade das doenças cardiovasculares estão relacionadas à hipertensão.
Tendo em mente esses dados alarmantes, a Muito Mais está promovendo uma campanha de conscientização sobre o assunto em seu Escritório Central e unidades de negócio. E por nos preocuparmos em contribuir para a construção de um futuro mais saudável para todos, aqui estão algumas informações que achamos importante serem compartilhadas.
O que é hipertensão?
A pressão arterial é a força que o sangue exerce na parede das artérias.
Quando essa força está igual ou maior que 140/90 mmHg (milímetro por mercúrio) – ou 14 por 9 -, o paciente apresenta um quadro de Hipertensão Arterial – ou pressão alta, como é popularmente conhecida.
A hipertensão arterial é se caracteriza pelo aumento da resistência dos vasos sanguíneos ao fluxo de sangue gerado por batimentos cardíacos. Assim, o coração precisar despender uma força maior para enfrentar tal resistência e, em consequência, a pressão nos vasos fica maior.
Quais as diferenças entre a hipertensão primária e secundária?
A hipertensão arterial pode ser classificada como primária ou secundária.
Entre 90% e 95% dos casos são primários, aqueles em que não é possível identificar quais são os motivos que levaram o paciente a desenvolver hipertensão. Ou seja, são os quadros desencadeados por fatores relacionados ao estilo de vida do indivíduo, como o excesso de sal na dieta, excesso de peso, tabagismo e consumo de álcool, por exemplo.
Os outros 5-10% dos casos são secundários, aqueles com causas identificáveis. São os quadros de hipertensão relacionados a doenças renais crônicas, estenoses da artéria renal, doenças endócrinas ou efeitos colaterais provenientes do uso de determinados medicamentos, por exemplo.
Quais são as causas?
Fatores biológicos/genéticos:
Idade: Ao envelhecer, as pessoas têm tendência a se tornarem hipertensas, devido ao envelhecimento e endurecimento das artérias (aterosclerose). Após os 55 anos, as chances de desenvolver hipertensão são de 90%.
Por isso, recomenda-se que todos devem ter sua pressão arterial aferida durante as consultas médicas, desde os 3 anos de idade, pelo menos anualmente;
Sexo: A doença é igualmente comum entre homens e mulheres. Entretanto, a hipertensão é mais comum nas mulheres acima dos 50 anos;
Raça: Pessoas de pele negra tem mais propensão à pressão alta;
Histórico Familiar: se existem hipertensos na sua família, você está mais propenso ao problema.
Fatores externos/ambientais:
- Obesidade;
- Diabetes;
- Dieta rica em sódio;
- Tabagismo;
- Excesso de gordura no sangue;
- Excesso de bebida alcóolica;
- Má alimentação;
- Sedentarismo;
- Estresse.
Quais são os sintomas?
A maioria dos hipertensos não apresenta quaisquer sintomas ou sinais referentes à doença, o que torna o diagnóstico e o tratamento mais difíceis. Por isso, é importante que sejam feitos check-up constantemente.
Entretanto, os seguintes sintomas podem estar associados à hipertensão:
- Dor de cabeça;
- Dor na região da nuca;
- Visão embaçada;
- Cansaço;
- Tontura;
- Sangramento no nariz;
- Náusea e vômito – normalmente aparecem em casos mais avançados.
Qual é o tratamento?
A hipertensão é uma doença crônica sem cura, mas o tratamento para o controle da doença pode ser feito através de medicações prescritas pelo cardiologista e mudança de hábitos.
Dessa forma, é possível diminuir a resistência dos vasos sanguíneos e manter a pressão em níveis normais, prologando a vida do paciente, bem como melhorando a sua qualidade de vida.
Além disso, evita-se a ocorrência de infarto do miocárdio, derrame cerebral, acidente vascular cerebral, perda do funcionamento dos rins, rompimento ou entupimento dos grandes vasos do corpo.
- Tomar medicamentos de forma regular e contínua;
- Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
- Seguir uma dieta saudável e balanceada;
- Reduzir o consumo de sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
- Praticar atividades físicas aeróbias regularmente;
- Controlar o estresse e a irritabilidade;
- Abandonar o fumo;
- Moderar o consumo de álcool;
- Controlar o diabetes e outras comorbidades.
Quais complicações na saúde estão relacionadas à hipertensão?
Se não tratada adequadamente, a hipertensão pode acarretar complicações em órgãos importantes – como coração, cérebro e rins. Problemas esses que podem acarretar acidentes vasculares cerebrais (derrames), infarto e insuficiência cardíaca – devido ao aumento e ao enfraquecimento da capacidade do coração de bombear sangue –, angina (dor no peito), insuficiência renal, alterações na visão por lesão na retina – podendo causar cegueira – e outras complicações.
Além disso, a doença pode reduzir a expectativa de vida do indivíduo em cerca de 16,5 anos, acarretar quadros de incapacidade/invalidez temporária ou definitiva e levar à morte.